sábado, 9 de fevereiro de 2013

Um estranho para os primeiros cristãos...



Totalmente contrário ao avanço da Igreja Primitiva: um inimigo. Assim ele poderia facilmente ser descrito.
Nunca depositara nenhuma fé em Jesus Cristo, embora o conhecesse como personagem histórico que provocara grande reviravolta nas cercanias de Jerusalém e mesmo agora, alguns anos após sua morte ainda gerava discípulos que a cada dia se multiplicavam e se espalhavam pela cidade santa e cercanias.


Mas ele não era um mero observador do movimento impulsionado desde a festa de Pentecostes de alguns anos antes. Era um destacado fariseu. Fiel cumpridor das leis mosaicas. Desde a sua mais tenra idade um estudante da Torá. Quando adolescente mudou-se de Tarso para Jerusalém, passando a viver com sua tia com o intuito de poder estudar com um dos maiores pensadores judaicos de sua épocaApesar de jovem mostrara grande habilidade com as Escrituras: sabia argumentar.

Zeloso no cumprimento da lei, contrário ao movimento cristão. a à contramão de suas crenças afirmar que um homem crucificado em Jerusalém poderia ser o Messias prometido pelas Escrituras e ainda afirmar que tal homem estava vivo. Para ele o movimento de seguidores do Nazareno deveria ser extinto e ele colaboraria para este fim nem que para isto tivesse que empunhar até suas últimas forças.

           


Mudemos de cena: em Roma um homem é condenado à morte. O que fez? Subverteu a paz, segundo o que dizem seus acusadores. No entanto, o que o levou à condenação foi o Nome de Jesus de Nazaré.

Durante anos defendeu e proclamou arduamente o Evangelho de Seu Salvador. Administrador, conselheiro, e mestre das igrejas espalhadas pelo império Romano.Sua vida foi marcada pela proclamação da Palavra da Cruz a sábios e ignorantes, gregos e bárbaros e pelo referencial de conselhos e orientações doutrinárias que se tornou para o povo de Deus. Por amor ao Evangelho foi açoitado, preso, apedrejado e agora, será morto em sua velhice pelo ódio de legalistas judeus.

Há grande paradoxo entre os dois personagens. Paradoxo que se segue de não pequena surpresa, já que ambos os personagens são exatamente a mesma pessoa: o jovem fariseu e o velho apóstolo. Falamos de Paulo, Saulo na língua hebraica. Aquele a quem o Senhor usou para levar o Evangelho de Sua graça aos gentios. Missionário ao lado de Barnabé e posteriormente de Silas.

Espanta-nos como o Senhor do Universo faz cumprir seus propósitos...